O artigo a seguir é baseado no capítulo 57 do Livro “A arte de pensar claramente” de Rolf Dobelli.

“....um amigo meu de Connecticut decidiu se mudar para Nova York. Ele tinha uma impressionante coleção de antiguidades, como delicados livros antigos e taças de Cristal Murano feitas à mão. Eu sabia de seu apego àquelas peças e imaginei sua ansiedade em confiá-las à empresa de mudanças. Assim, na última vez que o visitei na casa antiga, ofereci-me para levar comigo os itens mais frágeis de volta à Nova York. Duas semanas depois, recebi uma carta de agradecimento. E, junto a ela, uma nota de 50 dólares.

....Outro exemplo são as creches. Em todo o mundo, funcionários de creche se deparam com a mesma questão: pais que só aparecem para pegar os filhos após o horário de fechamento. A equipe não tem outra escolha além de esperar. Não podem botar as últimas crianças num táxi nem largá-las na rua. Para desencorajar os atrasos, muitas creches estipularam multas por impontualidade. Ironicamente, pesquisas demonstraram que, na verdade, os atrasos aumentaram. É claro que as creches poderiam ter instituídos multas draconianas de, digamos 500 dólares por hora....A questão é: pequenos incentivos monetários solapam outros tipos de incentivos”.

Estas histórias ilustram um fato: dinheiro nem sempre é fator de motivação. Aliás, em certos casos, acontece justamente o contrário.

Nos exemplos acima a nota de 50 dólares, diminuiu a boa ação e manchou a amizade. A multa por atraso das creches transforma o relacionamento com os pais de interpessoal para monetário e acabam legitimando a impontualidade.

Quando as pessoas fazem algo por motivos não monetários – por pura bondade, por exemplo - os pagamentos transformam-se em um entrave. Recompensas financeiras acabam com qualquer outro tipo de motivação.

O melhor exemplo:

Não dê dinheiro como recompensa para seu filho fazer o dever de casa, obter aprovação, fazer uma tarefa do lar, arrumar o quarto... Eles vão se valer do sistema e logo começarão a se recusar a qualquer coisa que lhes peça sem remuneração.

Moral da história

Cuidado com as recompensas e os bônus! Se for praticá-las sempre alinhe-as com resultados a serem obtidos e defina perda de pontos para resultados não obtidos.

Estabeleça a prática do feedback.

Seja o mais justo possível nesta relação.

Não dê um centavo sem o merecimento por resultados.

Não antecipe nenhuma remuneração baseando-se em expectativas.

Valorize a inovação, a paixão e a intensidade em todos os relacionamentos de sua vida.

Opinião

A expectativa para remuneração extra, recompensas e bônus deve estar alinhada com performance superior a rotina de trabalho. A medição desta performance leva em conta obtenção de resultados que só são atendidos com paixão, intensidade, inovação.

Não brigue por um bônus não recebido. Não brigue por se sentir injustiçado em sua remuneração. Ao invés disso analise com profundidade os “porquês” do que aconteceu. Depois, você terá duas opções: trabalhe mais para melhorar os seus resultados ou se afaste daquela comunidade. Ficar no mesmo lugar procurando acomodar a situação é decisão errada.

Lições para seu Plano de Vida VISIOVITA

Ao fazer ou continuar seu Plano de Vida VISIOVITA avalie com profundidade se o que você deseja ter, ser ou fazer tem completa coerência com os seus valores, crenças e comportamentos e não apenas com os resultados econômicos/financeiros pretendidos.

Estabeleça dar bônus a você mesmo, mas somente por resultados realmente obtidos. Tenha em mente que um bônus especial que você pode se dar é comemorar o seu sucesso, mesmo que parcial, com as pessoas que você ama.

Experimente.

Lembrete:

Por que algumas pessoas se emocionam com as campanhas de uma empresa e outras as refutam e até ficam contra? O que move uma pessoa em direção a uma ação (motivação)?

É um bônus? Uma remuneração elevada? Uma participação nos resultados?

Não é fácil achar respostas para estas perguntas. Várias abordagens são possíveis. No site VISIOVITA são propostas algumas reflexões procurando encontrar respostas.

Veja os artigos

http://www.visiovita.com.br/blog/movidos-pela-acao-parte-1

http://www.visiovita.com.br/blog/movidos-pela-acao-parte-2

D'Bernardes Vieira