O artigo a seguir é baseado no capítulo 64 do Livro “A arte de pensar claramente” de Rolf Dobelli.

“....três perguntinhas fáceis. Primeira pergunta: em uma loja de departamentos, uma raquete de pingue-pongue e uma bolinha custam 1,10 dólar. Se a raquete custa um dólar a mais, quanto custa a bolinha? Segunda pergunta: em uma fábrica de tecidos, cinco máquinas levam exatamente cinco minutos para fazer cinco camisas. Quantos minutos são necessários para que cem máquinas produzam cem camisas? Terceira pergunta: Alguns lírios-d’água crescem num lago. A planta se multiplica com rapidez, e a cada dia a área ocupada pelas ramas duplica. Se para cobrir toda a superfície do lago são necessários 48 dias, quantos dias são necessários para que lago esteja coberto pela metade? Não avance na leitura até anotar as respostas.”

“....Para cada pergunta, há uma resposta intuitiva – e uma certa. As respostas imediatas e intuitivas vêm à mente primeiro: dez centavos, cem minutos e 24 dias. Mas elas estão erradas. As corretas são cinco centavos, cinco minutos e 47 dias. Quantas respostas você acertou?”

Este é um tipo de teste chamado “Teste de Reflexão Cognitiva” – desenvolvido pelo prof. Shane Frederick.

Caso não tenha acertado as três não se preocupe! Você não está mal acompanhado. Apenas os alunos da MIT (Massachusetts Institute of Techonology) tiveram média boa de 2,18 respostas certas. As demais universidades testadas ficaram entre 1,63 e 0,83.

Acertar ou errar não significa nível de inteligência. Na maioria das vezes significa como você lida com o uso da intuição x razão.

Se você acertou duas ou três mostra que trabalha mais com a razão do que com a intuição. Se você acertou uma ou nenhuma não significa que você tem algum problema. Apenas, que você prefere mais a intuição que o esforço da razão.

Devemos ficar atentos quando vamos optar por trabalhar usando nossa intuição ou a razão. Em muitos casos pode significar a diferença na tomada de uma decisão importante.

A intuição o levará a imaginação que será transformada em pensamentos.  Estes o conduzem a uma Visão – com o quadro mental do que deseja ser, ter ou fazer.

No entanto, quando for trabalhar com informações, conhecimentos, experiências, dados – gaste um tempo a mais e use o raciocínio lógico. O trabalho com a razão requer um esforço que não estamos acostumados, não gostamos.

Somos levados a pensar que as pessoas mais intuitivas são mais criativas, mais inteligentes. Não é possível sucesso na inovação – resultado da transformação de uma visão em produto a ser utilizado pela comunidade – sem um árduo trabalho da razão.

Moral da história

“....Pensar é mais cansativo que sentir: considerações racionais exigem mais força de vontade do que simplesmente ceder à intuição. Em outras palavras, pessoas intuitivas tendem a analisar menos”.

O uso da razão requer o uso da “lei da incredulidade”. Nem tudo que parece, é. Não acredite em tudo que parece certo, razoável, plausível. Quando tiver que tratar com um problema, colete os dados, analise-os, antes de qualquer resposta intuitiva.

Não vá pelos caminhos mais fáceis.

Uma última tentativa para testar seu raciocínio lógico após o texto acima.

Você está viajando do ponto A ao ponto B. No caminho de ida, você dirige a 100 km/h, e na volta, a 50 km/h. Qual foi sua velocidade média? Foi de 75 km/h? Dica: Vá mais devagar na sua resposta...

Opinião

Dose a intuição com a razão conforme o momento que se apresenta na vida. O uso da intuição nos leva a criação, que gera a inovação: mola propulsora de tudo que faz o mundo evoluir. No entanto, entre intuição e inovação tem-se um árduo caminho em que o uso da razão é fundamental, sem o qual o objetivo não será atingido. Analise as informações, separe-as conforme seu objetivo, aprofunde-se em conhecimentos sobre o que deseja, experimente. Isto gera uma base de dados e necessidade de respostas racionais para os problemas que devem ser resolvidos.

Lembre-se você tem um cérebro com duas partes que devem ser continuamente ativadas.

Não use apenas uma. A outra ficará com “ciúmes” e não o deixará resolver nada na vida de modo adequado.

Lições para seu Plano de Vida VISIOVITA

Relate na descrição espontânea – fase primeira do seu plano de vida – a visão. Esta deve ser o resultado do que está intuindo, imaginando e pensando sobre o que deseja ter, ser ou fazer na vida para os próximos anos. Após esta fase inicial, você percorrerá um caminho que é muito importante uma análise racional que o levará finalmente aos projetos e planos de ação para atingir o que deseja. Não vá direto para elaboração simplificada de planos de ação. Gaste o tempo que for necessário para percorrer o bom caminho. Não pense que você está gastando um tempo inútil. O uso do raciocínio e da lógica vai ajudá-lo a criar o bom caminho. Percorra os passos da Pirâmide da Vida, acesse o link:

http://www.visiovita.com.br/pilares/piramide-da-vida

e também, os artigos dos passos 1 e 2 do link:

http://www.visiovita.com.br/como-funciona/preparacao

D'Bernardes Vieira 

Resolvendo os problemas propostos.

1º. Bolinha e raquete

1 raquete e 1 bolinha custam $1,10

A raquete custa $1,00 a mais

Portanto: a soma dá 1,10 e a diferença dá 1,00

O único resultado que atende as duas equações ao mesmo tempo, nos leva ao valor de $0,05 para a bolinha.

 1,05 + 0,05 = 1,10 e 1,05 – 0,05 = 1,00

2º. Máquinas, camisas e tempo

Um conjunto de 5 máquinas faz 5 camisas em 5 minutos

Igualando o número de máquinas e o número de camisas o tempo se mantém.

Um conjunto de 10 máquinas faz 10 camisas em 5 minutos

(x máquinas, faz x camisas no mesmo tempo de 5 minutos)

Portanto: Um conjunto de 100 máquinas faz 100 camisas em 5 minutos

3º. Rama dobra a cobertura do lago cada dia

Em 48 dias lago está completo, logo com um dia a menos o lago está metade coberto.

Portanto: Em 47 dias o lago está meio coberto e em 48 está completo.

4º. Velocidade média

Carro a 100 km/h de A a B e de B a A a 50 km/h.

Para os mesmos 200 km o motorista gasta 3 horas para completar a viagem.

Portanto: velocidade média é 200 km/3 h ou 66,66 km/h