Qual é a taxa de êxito de nossos planos?

 

Luis Cláudio planejou uma meta para conseguir R$ 12.000,00 ao final do primeiro ano e R$ 30.000 ao final do segundo ano e R$ 50.000 ao final do terceiro ano. Assim, poderia fazer a tão sonhada pós-graduação no exterior ao final do terceiro ano!!!. Putz...Luis Cláudio só conseguiu acumular metade – R$ 25.000,00 – e a outra parte do curso teve que ser financiada. Nada bom para as suas condições financeiras. Para economizar este dinheiro Luis Cláudio planejou economias em todos os seus gastos de rotina, bem como nas compras de roupas, passeios, férias, restaurantes. Muitos controles, novos comportamentos, bastante sacrifício. E se não bastasse, ainda não conseguiu juntar o dinheiro suficiente. Mesmo estando focado acabou rolando estresse pessoal. Chegou a perguntar: investir no curso valeu à pena?   

Antônio planejou a reforma de seu apartamento. Bom, esta é uma história mais complicada. Gastos extras, estouro do orçamento, dilatação do prazo previsto, dinheiro emprestado, dívida para um ano. Muito cansaço. Novamente a pergunta: valeu a pena tanto sacrifício?

O que será que aconteceu com Luis Cláudio e Antônio; ou melhor, o que acontece com nossos planos?

Moral da história

Nossos cronogramas, nossos orçamentos, nossas previsões ficam sempre “devendo” alguma coisa.

Podemos concluir que não somos bons planejadores e cumpridores de nossa programação - e que os nossos planos de ação raramente são executados conforme elaborados?

Opinião

Não.

Isto porque a execução de uma ação pode sofrer inúmeras interferências, levando a taxa de sucesso a valores bem abaixo dos 100% esperados. Mas, isso não deve resultar na crença de que o planejamento é uma perda de tempo. Os avanços conseguidos com o planejamento apontam resultados sempre muito superiores do que o contrário.

Para ilustrar esta afirmação vejamos algumas considerações importantes para interferências que podem afetar nosso planejamento.

Em primeiro lugar devemos considerar que quaisquer que sejam nossos projetos e planos eles podem sofrer influência de circunstâncias não previstas (forças externas), como:

Casos fortuitos (acidente de carro, perda de ente querido); Casos de força maior (fenômenos da natureza, catástrofes ambientais); Influência de terceiros (erro médico, assalto, apoio financeiro a membro da família); Mutações do ambiente sócio-econômico (novas profissões, movimentos sociais, culturais, religiosos, tecnologia, política).

Veja detalhes no artigo “A Inércia, a primeira lei de Newton e a zona de conforto” acesse o link: http://www.visiovita.com.br/blog/a-inercia-a-primeira-lei-de-newton-e-a-zona-de-conforto.

Devemos também considerar os nossos aspectos culturais ocidentais e especialmente no nosso país onde temos criatividade como um valor para resolvermos situações embaraçosas ou difíceis, diminuindo a crença sobre a eficácia do planejamento. Não confundir com o hipócrita “jeitinho”. Nos países orientais o planejamento é um traço cultural muito forte. A diferença está na disciplina, determinação, limpeza, organização que os povos orientais têm como valores cultuados. Precisamos aprender com os orientais a importância destes valores, desenvolvendo o hábito de atuarmos com planejamento e programação.

Ao longo de décadas - diversas obras públicas apresentam atrasos, correções nos orçamentos, aditamentos técnicos, alterações nos escopos e, se não bastasse todos esses equívocos de falta de planejamento adequado, ainda convivemos com a corrupção endêmica, essa sim, muito bem planejada e arquitetada. Este comportamento dos governantes é associado pela população à descrença no hábito de planejar. Muitas obras começam e são paralisadas, com um prejuízo enorme para a população. Ainda relembrando: muitas obras previstas para Copa do Mundo no Brasil em 2014 ainda não estavam concluídas quando a Copa na Rússia em 2018 já havia terminado!!!

Outras causas para problemas no êxito dos nossos planos podem estar relacionadas às metas mal dimensionadas, quantidade de ações propostas, prazos muito apertados para execução, previsões financeiras muito otimistas.

Também podem influenciar os resultados do planejamento a dispersão no comportamento resultando na perda de foco, problemas de disciplina, resiliência e dedicação.

Como vemos existem muitas “razões” para que o completo cumprimento dos planos não seja executado.

Ainda muito importante:

Não temos o hábito de avaliar o planejamento e a programação concluídos; de considerar a importância do aprendizado do que deu certo e do que precisamos corrigir e melhorar.

Os planos apresentam ações exitosas e ações que precisam de ajustes, correções, adaptações ou até mesmo eliminações. 

Os empréstimos levantados pelo Luis e Antônio podem ser considerados como complementações dos esforços realizados. Os empréstimos podem ser considerados como uma “poupança forçada ou extra” que irão melhorar a qualidade de vida de ambos.

Apesar das dificuldades abordadas, quem planeja como o Luis e o Antônio têm muito mais possibilidades de conseguir êxito em suas empreitadas.

Em ambos os casos o sucesso conseguido foi muito maior do que se não tivessem feito nada, ou se tivessem feito sem nenhum planejamento.  

Portanto, ambos podem comemorar os resultados obtidos.

Lição para o seu plano de vida VISIOVITA

Faça uma definição clara do que pretende. Descreva com objetividade o que pretende ser, fazer ou ter com o seu planejamento.

Trabalhe com disciplina; seja resiliente, focado, determinado.

Mas,...

Um importante fator no planejamento consiste na definição da quantidade de ações de acordo com sua capacidade para executá-las.

A plataforma VISIOVITA limita a quantidade de blocos de assuntos (em 4), limita a quantidade de projetos por bloco (em 4) e recomenda da ordem de 2 ações por projeto. Isso permite um conjunto de 32 ações ao longo de 3 anos.

Lembre-se que uma ação é considerada como cumprida quando  executada e consolidada neste prazo.

O VISIOVITA considera como taxa de sucesso (execução e consolidação) ações cumpridas em torno de 40% a 60%. Ou seja, entre 13 e 19 ações cumpridas. Um planejamento cumprido dentro desta faixa tem-se mostrado de grande êxito, com resultados muito satisfatórios.

 

Experimente

Planeje, programe, execute, avalie, melhore e comemore.

 

D'Bernardes Vieira