O Efeito Default e a Zona de Conforto

 

Existe uma enorme variedade de vinhos. Bons vinhos normalmente são caros nos restaurantes. Somos um grupo de casais de amigos que gostamos de brindar com um bom vinho ao sairmos para jantar. E, aos poucos fomos selecionando os vinhos agradáveis para nós e com preços interessantes. Depois de algum tempo tínhamos nossa própria carta de vinhos. A seleção em torno de 5 vinhos tornou-se uma lista padrão, que inclusive passamos a utilizar nas compras para nossa casa. Para nós, bastaria que os restaurantes tivessem nossa seleção.

Nosso celular, atualmente indispensável em nossa vida, dispõe de dezenas de opções para uso. A função básica e principal – falar com alguém – tornou-se elementar e secundária. Com o tempo, vamos definindo as funções que usamos no dia a dia. Mais de 90% do nosso tempo usamos as mesmas funções. Criamos um padrão de uso. Para nós, bastaria que o celular tivesse nossa seleção.

Quando vamos ao supermercado, a lista costuma ser a mesma todos os meses. E, a não ser em períodos de crise, onde procuramos alternativas mais baratas, mantemos as mesmas marcas dos mesmos produtos. Criamos nosso padrão.

As crises tem o poder de levar as pessoas a rever seus padrões. Passadas as crises, apenas uma menor parte das pessoas modificam o padrão, a grande maioria tende a voltar ao padrão anterior.

Estes comportamentos caracterizados acima definem o chamado “efeito default”.

Moral da história

Estes exemplos mostram que com o tempo, mesmo que se tenha uma enorme quantidade de tipos, modelos, funções, versões, vamos nos acomodando aos padrões que selecionamos. Temos a tendência de definirmos nossos padrões e nos acomodarmos em nossas listas; e por vezes criticamos os padrões dos nossos amigos. Os nossos padrões costumam ser os melhores, afinal nos o definimos. Portanto, é muito difícil aceitar críticas ao nosso padrão. Tudo isso reforça a nossa fixação aos nossos padrões. O fato é que independente de cultura, padrão social, ideologia, temos a tendência de estabelecer padrões e nos mantermos nele.

Opinião

Manter um padrão requer seleção, organização e muita disciplina para segui-lo. Os padrões disciplinados nos poupam tempo e asseguram conformidade de resultados. É uma grande verdade, porém o contraponto é nos levar a uma acomodação em uma zona de conforto; é dificultar uma experimentação, uma tentativa para buscar novos e melhores  padrões. 

Lição para o seu plano de vida VISIOVITA

Um plano de vida significa caminhar em direção a uma nova visão, novos objetivos, novas metas, estabelecendo novos padrões para sua vida.

Só as pessoas ousadas, destemidas, corajosas e até inconformadas com a zona de conforto são capazes de estar “refazendo seus padrões” para conseguir melhores resultados em sua vida.

Reforçando: Só pessoas que constantemente estão buscando saídas das zonas de conforto melhoram resultados.

E você, está disposto a atitudes ousadas, a correr riscos, a investir e com muita disciplina cumprir novos planos para sua vida? É uma aventura que sempre vale a pena.

Faça uma reflexão e reveja quantas vezes você já fez isso em sua vida: na escolha da profissão, na entrada na universidade, no novo emprego, no casamento,...

Seguir seus novos planos com metodologia sistêmica é um desafio que aumenta muito a probabilidade de se atingir sua visão, seus objetivos, suas metas.

Entre nessa aventura! Experimente.   

 

D'Bernardes Vieira