Quando um artigo, ou um livro, ou um filme, de qualquer natureza, é submetido a apreciação de um engenheiro e um filósofo os comentários e as críticas são muito diferentes.

Uma das razões está ligada à formação dos profissionais.

O raciocínio de um engenheiro é diferente de um filósofo. Ambos estudam centenas de horas, buscam conhecimentos em centenas de livros, passam por testes, aulas expositivas e práticas, trabalhos individuais e em grupos.

Durante o período de formação acadêmica ambos vão seguindo vertentes diferentes do conhecimento humano. São moldados durante os cursos em domínios de conhecimentos diferentes. Assim, podemos dizer que a universidade modela o raciocínio dos estudantes em um determinado domínio de conhecimento colocando-os como profissionais à disposição da sociedade.

O novo profissional pula o muro acadêmico para a vida profissional num “salto quântico”: ganho de energia que joga os acadêmicos do nível da vida universitária para o nível da vida profissional.

Processa-se a transferência do conhecimento teórico para a aplicação na vida prática, ou o que é mais importante: do que é razoável em teoria para o que é possível na prática.

Os profissionais continuam na luta diária buscando especializações para melhor desempenho das atividades.

Moral da história

O risco que se corre com este vigoroso trabalho no exercício da profissão é o embotamento e o fechamento nos assuntos referentes à formação.

É muito importante abrir-se para outras formas de conhecimento.

Opinião

Se for engenheiro, escute os filósofos. Se for filósofo, escute os engenheiros. Ambos têm muito a transmitir um para o outro.

Esta troca é benéfica para ampliar a atuação na vida. Altera o modo de decidir. Equilibra os lados emocional e racional.

Lição para o seu plano de vida VISIOVITA

Uma vivência profissional mixada com outros conhecimentos pode gerar novas formas de satisfação e alegria.

Abra-se para o conhecimento dos conceitos de outras profissões.

Abra-se para novos estilos, novas modas, novas tecnologias: assista vídeos, filmes, palestras; leia livros, artigos; ouça músicas.

Alterne os assuntos: romances, ficção científica, física quântica, tecnologias emergentes, músicas clássicas, jazz, popular...

Dedique tempo para estes movimentos na vida.

Ative os dois lados do cérebro.

Inclua no seu plano de vida, um tempo livre para sua diversificação de conhecimentos, experiências, vivências.

D'Bernardes Vieira